sexta-feira, 4 de maio de 2007

Animais em circo, seja contra.

Animais em circo

Pode parecer divertido assistir a um macaco fazendo piruetas ou a um elefante dançando num circo. Mas saiba que, para que eles se apresentem dessa forma, são submetidos a todo tipo de violência e sofrimento.

 Vivem permanentemente presos a correntes ou em pequenas jaulas que impedem seus movimentos. Na Natureza, estes animais caminham grandes distâncias por dia, e se exercitam para se manter física e mentalmente saudáveis.
 São mal-alimentados, podendo ficar até vários dias sem receber comida. Muitas vezes, sua alimentação é cortada como punição. Alguns são alimentados com restos de comida já em estado de putrefação ou até com cães e gatos vivos, capturados nas ruas.
 A higiene e assistência veterinária que recebem, quando recebem, costumam ser precárias. Suas jaulas não são limpas e eles passam a maior parte da vida pisando, comendo e dormindo sobre suas fezes e urinas, desenvolvendo infecções e doenças.
 São continuamente transportados de um lugar para outro, com pouco descanso e intenso estresse, sempre confinados em suas pequenas jaulas.
 Passam a vida toda em isolamento, longe de seus bandos e de seus ambientes naturais. Os elefantes, como exemplo, são animais extremamente inteligentes, sociáveis e sensíveis. Eles reconhecem um parente mesmo depois de anos de separação, ficam de luto pela perda de um companheiro e são muito dóceis, suportando todo tipo de agressão sem revidar.
 Para realizar os números de dança, saltos e piruetas, são submetidos a um treinamento cruel: apanham com bastões de ferro, chutes e socos, são chicoteados, levam choques elétricos, são postos a pisar sobre chapas quentes, machucados com objetos pontiagudos. Os grandes felinos têm sua testa queimada pelo menos uma vez na vida, para não esquecerem o que é a dor. Suas presas e garras são arrancadas, muitas vezes sem qualquer anestesia, para que não mordam ou arranhem seus domadores enquanto apanham durante seu treinamento. Às vezes até suas línguas são cortadas. Desta forma, ficam com o corpo coberto de cicatrizes e feridas, que geralmente infeccionam devido à falta de cuidados veterinários e à falta de higiene, que os levam a uma morte lenta e dolorida.
 São obrigados a realizar rotinas incômodas, muitas vezes dolorosas e totalmente contra sua natureza.
Mesmo com todas essas agressões, ainda têm um forte espírito que os mantém vivos. Devido a todo o estresse e maus-tratos, a maioria acaba se tornando neurótica, desenvolvendo comportamentos repetitivos ou estereotipados. O balançar da cabeça do elefante é um exemplo de comportamento neurótico.
Muito já se ouviu falar sobre animais de circo que agrediram seus tratadores ou o público, às vezes resultando em morte. Na maioria das vezes, isto se deve ao sofrimento de anos reprimindo seus instintos de autodefesa. Essa frustração pode encontrar uma saída mediante um ataque a quem estiver a seu alcance.
Mesmo tendo nascido em cativeiro, como tentam justificar alguns donos de circo, os animais ainda mantêm seu espírito. Ser nascido em cativeiro não os impede de desenvolver seus instintos e inteligência naturais. De qualquer forma, eles recebem os mesmos maus-tratos daqueles que são capturados na Natureza.
Nós seremos co-responsáveis pelos maus-tratos que os animais de circo recebem enquanto continuarmos de braços cruzados. Vamos nos unir, sem usar de agressão ou violência, do contrário estaremos agindo da mesma forma que eles.


http://www.tribunaanimal.com/animais_circo.htm


Introdução
A principal missão da PEA é a educação e a conscientização da população sobre a defesa e os direitos da Fauna e do Meio Ambiente em geral. Especificamente quanto ao combate à utilização e exploração de animais em circos, a PEA vem se aproximando de políticos preocupados com o problema, apoiando projetos de lei que proíbam o uso de animais em circos em todos os municípios brasileiros, realizando campanhas de conscientizando junto à população, e incentivando a reflexão sobre o assunto por parte da opinião pública. A sociedade tem demonstrado muita receptividade com a idéia de abolir a utilização de animais em circos. Quando as pessoas tomam conhecimento dos bastidores dos espetáculos, passam imediatamente a questionar sobre o direito e a necessidade de se manter animais enjaulados e acorrentados por toda a vida.

Há alguns anos eram mais de 3.500 circos com animais espalhados pelo Brasil, hoje, após anos de luta de entidades de proteção ao meio ambiente, esses circos estão se extinguindo. Não se sabe ao certo quantos animais ainda são mantidos neste tipo de cárcere.

Ao invés de proibir por que não implanta-se um órgão fiscalizar de animais em circo? Ora, isso seria como implantar um órgão oficial de fiscalização ao trabalho escravo. Não podemos admitir essa exploração comercial de seres vivos aprisionados.

Substituir animais por arte é uma tendência mundial e irreversível. Cada animal utilizado em circo significa um emprego a menos, um artista desempregado, um malabarista no farol das grandes cidades, e um animal escravizado e condenado a viver pelo resto da vida enjaulado e sendo obrigado a desempenhar um papel completamente incompatível com sua natureza. Ao proibir o uso de animais, mais oportunidades de empregos para artistas humanos de talento inquestionável serão criadas, a diversão continua garantida e a sociedade será mais justa, visto que o exemplo dado às crianças será de esforço e superação humana, e não mais de exploração e dominação pela força. Alguns dos melhores e mais respeitados circos do mundo, como o nacional Circo Spacial e o canadense Cirque du Soleil, não utilizam animais em seus números, e são exemplos de que a verdadeira arte vai muito além da imaginação.

Para incentivar a proibição do uso de animais em circos, os pais e crianças devem boicotar os circos que mantém espetáculos com animais. Os pais devem mostrar arte e cultura ao invés de exploração, grades, correntes e chicotes. Devem ensinar seus filhos a construírem uma sociedade que respeite a natureza. Vale salientar que nenhuma criança gosta de ver um animal sofrendo. Toda criança que teve a oportunidade de ver a foto de um animal maltratado em circo abominou a hipótese de presenciar um espetáculo envolvendo animais. Portanto, antes de levar seu filho a um circo, certifique-se de que não são utilizados animais.

Alguns municípios já proibiram o uso de animais em circos. Porém, é muito importante a participação da sociedade. Qualquer pessoa pode colaborar denunciando qualquer tipo de maus tratos e abusos. A denúncia é um ato de cidadania e o primeiro passo para o cumprimento das leis. Depende de nós, cidadãos brasileiros, denunciar e exigir respeito. Só assim podemos acreditar num futuro melhor, com crianças educadas e uma sociedade vivendo em harmonia.

Ao presenciar circos com animais, verifique se o município tem lei proibitiva e, em caso positivo, chame a polícia. Se o município não tiver lei específica, observe se é possível constatar ferimentos nos animais, subnutrição, mutilação, estresse, maus tratos flagrante e, em caso positivo, chame a polícia.

Os Animais
Os animais usados nos circos são geralmente animais silvestres, alguns até em vias de extinção, que costumam ser capturados ainda filhotes em caçadas que resultam na morte de seus pais.

São treinados a executarem determinadas rotinas muitas vezes por métodos violentos e diários, que incluem açoitamento, choques elétricos, objetos pontiagudos, espancamentos com barras de ferro e pedaços de pau, queimadura das patas etc.. A maioria têm suas garras e dentes arrancados e/ou serrados para não representar tanto perigo.

A maioria desses animais adquire comportamentos neuróticos por viverem em cativeiro.

Além das diversas torturas dos treinamentos, esses animais são mantidos trancafiados ou acorrentados em pequenas jaulas sem a mínima condição de higiene.

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